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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Minha Segunda Infância



Quando eu tinha por volta de 7 anos e meio e os meus pais decidiram se separar.
Foi um momento muito triste e principalmente difícil em minha vida naquele momento.
Fui morar com a minha saudosa avó Letícia por cerca de uns 6 meses, somente até o ano letivo acabar. Lá estava com minha irmã, meu tio Junior e meu primo Neto. Era bem divertido estar com eles. Mas por outro lado me sentia sempre mal e infeliz. Pois, estava longe de meus pais. Principalmente me sentia mal por estar longe de meu pai. Pois como falei (no post anterior), ele era muito importante pra mim. Só que quando ele se separou de minha mãe, parecia que eu é quem era a esposa dele. Pois ele também separou de mim. Apesar de morarmos na mesma região (por assim dizer).
Depois desse meio ano morando com a minha avó e sem a presença de meu pai, achando eu que as coisas não poderiam ficar piores, é que o inevitável aconteceu. Fomos morar minha irmã e eu na cidade de Iguatu na casa de uma tia chamada Vilani.
Meu pai acabou se afastando ainda mais de mim. Eu o via raramente. Sentia tanta falta e saudades dele, que a dor chegava a ser insuportável. Mas eu continuava a amá-lo do mesmo modo de antes. E não entendia porque tudo aquilo estava acontecendo.
Minha tia era uma pessoa muito rígida, cobrava sempre muita disciplina de nós, principalmente de mim. Já que sempre fui muito mais ativa. Ela era tão rígida que não deixava nem a gente ficar de noite na calçada pra brincar (como faziam meus amiguinhos). Eu ficava muito triste e com raiva de algumas atitudes dela. Já hoje agradeço muito do que sou a essa tia. Dizia ela, por exemplo: que meio de rua não deixa ninguém culto, protegido... pelo contrario, traz apenas fofocas, cultura inútil e intrigas entre vizinhos e aprendizados ruins.
Quando ela agia com aquele seu modo rígido comigo e que eu odiava. Hoje entendo que tudo o que ela fazia (que era diferente do comportamento das outras mães, até porque ela não era minha mãe) era para o meu bem, para me dar e ensinar bons valores. E eu, como era muito criança, achava apenas que ela era uma pessoa muito má. Hoje reconheço suas atitudes passadas e agradeço muito por ela ter cuidado de mim (do modo dela). Vivi assim com essa minha tia por mais 2 anos.

(Esqueci de contar que quando minha mãe se separou de meu pai ela veio morar em Fortaleza também na casa de parentes.)
Sempre que dava certo e que tínhamos férias do colégio minha irmã e eu vínhamos para Fortaleza ficar com minha mãe. Em geral eram poucos dias.
Em um desses passeios (eu tinha cerca de 8 a 9 anos) e que eu ficava sem fazer nada na casa de meu tio Flaviano onde minha mãe morava resolvi brincar com alguma coisa. Detalhe lá só morava adultos (por tanto, não tinham brinquedos). Resolvi então brincar com um pequeno dicionário (como se dicionário fosse brinquedo). Eu estava sem idéias do que exatamente eu queria encontrar. Então pensei: vou ver se acho o significado dos nomes das pessoas da minha família. Procurei, procurei... alguns nomes eu encontrei, outros não. E por fim (já entediada) fui procurar o significado no meu nome e já com a incrível certeza de que não iria achar. Até porque, ate onde eu sabia, meu nome tinha sido inventado pela minha avó Letícia. (meu nome seria Ana Valéria e minha avó sugeriu colocar meu nome de Valeriana para combinar com o nome de minha irmã Neliana.) E para a minha enorme surpresa meu nomezinho estava lá no dicionário. O significado tinha apenas duas palavras: Erva sedativa. Eu fiquei perplexa, não acreditava muito no que meus olhos estavam vendo. E achei isso tudo muito divertido e estranho. Sentia-me a importância em pessoa. Foi a glória naquele momento. E sai falando pra todo mundo que tinha uma erva com meu nome, ou eu que tinha o nome de uma erva. Lembro que eu era muito empolgada com relação a esse assunto. Mas cá pra nós, erva sedativa não queria dizer muita coisa. Foi então que decidi ir à procura do que era Valeriana, a tal erva sedativa. Na verdade o nome cientifico é Valeriana officinales, é uma planta que tem efeitos calmantes e que tem uma maior concentração na Europa. Depois de ler isso, ai foi que me senti importante. E continuava (como faço ate hoje) falando pra todo mundo e também me aprimorando nas pesquisas...

No dia 02 de janeiro de 2002, minha irmã e eu finalmente viemos também morar em Fortaleza, ainda não foi com a minha mãe. Eu tinha 10 anos e mais uma vez fiquei na casa de parentes.
Primeiro foi na casa da Tia Eliana onde passei um ano e tive a oportunidade de conviver com uma pessoa linda desde muito cedo (essa pessoa é minha prima e se chama Luana Letícia). Lá na casa da minha tia aprendi muitas coisas e também adquiri muitos valores. Mas o que era mais legal era ficar com a Luana. A gente brincava muito, eu a colocava pra dormir, balançava, cantava... Ela tinha cerca de 2 anos (mais ou menos a idade de hoje da minha filha). Era muito divertido.
Depois fui morar com a minha mãe e não deu muito certo. Então, retornei a morar com a tia Eliana. E novamente, depois de um período também não deu certo. Ainda fui morar com outro tio chamado Aureliano e lá passei muito pouco tempo e mais uma vez convivi com outras duas pessoas lindas também minhas primas Nayara e Nayandra. A Nayara era a maiorzinha e a gente se divertia muito. Fazíamos a festa. Já a Nayandra era muito pequenininha e não me lembro muito como era nossa convivência. Não sei ao certo quanto tempo fiquei na casa do tio Aurélio. Talvez cerca de 6 meses.
E mais uma vez fui morar com minha mãe.
Minha mãe e eu sempre tivemos muitos conflitos desde sempre. Minha predileção sempre foi pelo meu pai. E as brigas eram inevitáveis, só que isso será assunto para o próximo post.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Meu aniversario. Parabéns pra mim!!!


Estou completando 31 anos em 17 de maio de 2012, e até este período já
fiz um bocado de coisa em minha vida....
Já plantei algumas plantas que hoje já viraram árvores, já tenho uma
filha linda e agora estou escrevendo um “livro virtual”(o meu blog) e
isso tudo antes dos 50 anos.... acho que falando sobre essas ações, já
estou na frente de muita gente que tem esses mesmos planos.
Não me imaginei chegando nessa idade e tendo tudo o que tenho, sabendo
tudo o que sei e principalmente já tendo conquistado tudo o que
conquistei.
Pra falar a verdade, não gosto muito de pensar ou imaginar o futuro.
Prefiro que ele chegue até a mim e se torne presente.
Apenas imaginei (algumas pouquíssimas vezes) que com essa idade
poderia já estar casada e ter filho. Só isso... Nada de outras grandes
expectativas.
Casada oficialmente ainda não sou. Mas convivo maritalmente com uma
pessoa muito especial e importante em minha vida e que há alguns dias
atrás finalmente me pediu em casamento. E eu tive que aceitar, afinal
de contas o amo, temos uma filha e uma linda história juntos.
Hoje me sinto mais madura, mais segura de algumas coisas e ações.
Também resolvi dar um rumo diferente em minha vida em vez de ficar em
uma zona de conforto (desagradável) em que eu estava.
Decidi procurar uma ajuda psicológica (o qual está me fazendo pensar
muito, refletir sobre coisas e mudar de atitude), fazendo minhas
escolhas tomarem um rumo diferente no percurso do rio de minha vida
que ela estava seguindo. Retornei a fazer viagens sem sair do lugar
através de livros. Estou trabalhando e forçando a minha memória (tão
esquecida) a relatar minha história real e com a minha versão dos
fatos (que é a que importa realmente). E tenho que confessar que estou
amando. Esta sendo uma aventura inenarrável.
Desejo apenas que eu consiga cada vez mais conquistar coisas
maravilhosas em minha vida.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Minha Primeira Infânica


Passei minha primeira infância na casa onde nasci, fiquei lá até os meus 7 anos.
Exatamente até que meus pais decidiram se separar (para a minha sorte hoje e o meu lamento naquele momento).
Logo após o meu nascimento e que pelas circunstâncias de meu próprio nascimento meio diferente, tive problemas e dificuldades pra sobreviver. Por conta disso, minha mãe decidiu então fazer uma promessa religiosa pra que eu me curasse. Caso me curasse, eu teria de vestir roupas verdes por um mês e não poderia cortar meus cabelos até fazer 7 anos e teria que ser na cidade de Canindé-Ce após assistir a celebração de uma missa. Como me curei (ou fui curada) e sobrevivi, tive que pagar a promessa exatamente como foi feita.
Engraçado como ainda me lembro de algumas coisas que lá vivi.
Lembro-me de como foi difícil pra mim, ter de largar a chupeta. Naquela época (eu achava que) era o meu bem mais precioso e que não poderia viver sem ela.
Por varias vezes minha mãe a tirava de mim, escondia em diversos lugares, jogava fora... E eu esperto como era, procurava até achar, e quando não achava fazia coisas que hoje nem consigo acreditar. Eu simplesmente pedia dinheiro ao meu pai pra comprar bombons, e quando ele me dava, eu ia lá e comprava uma nova chupeta.
Minha mãe fala que deixei de chupar chupeta por volta de 2 anos. E fico imaginando hoje a minha filha que tem a mesma idade que eu tinha (e que também estou tentando tirar a chupeta dela) agindo como eu agia.   
Sempre fui uma pessoa desde sempre muito família e muito querida por todos.
Eu era apaixonada pelo meu pai e o tinha ao meu lado (que assim como a chupeta era uma grande riqueza para mim). Ele sempre me levava pra roça, pra cuidar do gado, dos carneiros, das galinhas... Eu tirava leite das vacas e eu era muito jeitosa com relação a esse tipo de atividade do campo.
Tem mais um detalhe que parece horrível e que devo confessar: eu matava animais pequenos. É triste, mas é verdade. Eu os matava de amor. Deixa-me explicar pra não ser confundida com uma assassina comum em série de animais indefesos.
Quando um animal nasce, seja ele o qual for é como uma criança. Não tem imunidade, vai adquirindo com o passar do tempo. Sempre que tinha uma ovelha grávida meu pai já me dava o seu filhote pra criar mesmo antes de ele nascer. Então, quando os bichinhos nasciam, eu fazia a festa e não os largava mais. Ficava agarrada a eles o tempo todo. Botava no braço e ia pra cima e pra baixo. Daí, por conta da falta de imunidade, com todo esse chafurdo que eu fazia, eles acabavam morrendo. E isso, só pra deixar claro, não era um fato isolado. Era muito freqüente. Se fosse o caso, era a cada mês ou a cada semana se fosse possível nascer e morrer tantos bichinhos. Sempre fui muito apegada a amimais pequenos. Já o mesmo não acontecia com bichos grandes como vaca, cavalos, etc.
Minha mãe conta que meu pai me deu um viadinho (tipo o bambi) e que um dia ele acabou morrendo. Não sei se foi porque eu matei ou se por outro motivo, mas ela fala que eu adoeci, que até febre tive, tamanho era o amor que sentia por ele.
Ah... e o meu instinto “serial assassina” não era só com animais não. Uma vez furei minha irmã na perna com uma tesoura e que a mesma ficou lá penduradinha... minha irmã tem a cicatriz até hoje.
Também me lembro do dia em que quebrei minha clavícula. Não sei exatamente que idade tinha, mas me lembro de que subi na cama de meus pais, onde tinha uma rede em cima e fiquei de baixo da rede sobre a cama, fiquei rolando e a cama faltou. Então, eu caí no chão. Tive de passar um mês com o gesso que cobria todo o meu tórax. Só podia tomar banho da cintura pra baixo, e coçava muito, alem de muito quente.
O dia da remoção do gesso foi bem esquisito. Pois, senti a ponta da tesoura em minhas costas, enquanto removiam o gesso. Meu osso felizmente já estava cicatrizado. Minha axila estava quase em carne viva, por conta de o braço ficar em uma posição única e imóvel por tanto tempo. O primeiro banho de verdade após a retirada do gesso foi horrível... lembro-me até hoje daquela água fria correndo pelo meu tórax.    
Esqueci de mencionar um fato muito importante: Desde antes de eu nascer, que era considerada um menino. Naquela época morando onde meus pais moravam e também com as condições financeiras que eles tinham, não se fazia exames pré-natais, ultras sons... Essas coisas tão comuns nos dias de hoje. Então, a sabedoria popular falha diagnosticou que eu seria um menino.
Tudo meu era azul. Roupinhas azuis, manta, porta trecos. E pior, mesmo depois que nasci, minha tia vendo o cordão umbilical, disse que eu era homem. Como pode?
Como para todas as pessoas eu era homem mesmo antes de nascer, depois de nascer por muitas vezes me comportava como um menino. Sempre que possível, seguia meu pai nas roças e lidas da agricultura.
Apesar de por muitas vezes me comportar como menino, eu também me comportava como menina. Brincava de chibiu (é um jogo em que se joga pedrinhas para o ar e pegava com as mãos), de amarelinha, de esconde-esconde. Só não gostava mesmo era de brincar de bonecas. Mas talvez não gostasse por que eu não tinha bonecas pra brincar.
Minha infância foi muito família, sempre tive muito contato com meus pais, irmã, primos, tio e avós.
Enfim, me sentia muito feliz naquela jornada da minha vida e não tenho do que reclamar. Não de nada que eu me lembre enquanto morava no local onde nasci. Assim fica parecendo que o que conto era tudo perfeito. Mas tenho que dizer que não era. Passei por muitas dificuldades quando meus pais viviam juntos... mas no total, da somatória de minhas lembranças eu era bem feliz com o muito (ou pouco do) que eu tinha. La onde vivi eu me sentia livre! E era livre!!!
A vida que tive na minha primeira infância certamente é muito diferente da que a maioria das crianças tem hoje. Mesmo as que das que moram em sítios como eu morava. Sim, é verdade que eu não tinha contato com gente. Mas tinha muito contato com os bichos e com a natureza.
De acordo com a foto de satélite que está no primeiro post onde relato o evento do meu nascimento, nota-se que não tínhamos vizinhos próximos. Apesar dos pesares morávamos “próximos” dos meus avós e tios. Mas, o próximo que falo tinha-se que passar por uma pequena mata e atravessar um riacho (que passava muito tempo vazio). Como sempre fui muito ativa, não parava quieta nem um instante. Ás vezes, para ir à casa dos meus avós (ou voltar de lá) minha mãe usava de alguns de recursos meio assustadores pra mim naquela época. Como tínhamos que passar por uma “mata”, e lá lógico que tinham bichos e pássaros. Então, quando as avoantes (é uma pomba campestre) cantavam, minha mãe me assustava. Dizia que era um bicho e eu morria de medo.
Como se sabe que: um som, um gosto, um cheiro... a gente guarda pra sempre em nossa memória. Hoje onde moro tem ninhos dessas avoantes e quando elas cantam, tenho uma sensação ruim e sempre penso: meu Deus, como pode a alegria de uns pode ser a tristeza de outros?! Essa ave cantando feliz da vida e eu me sentindo mal pela sua felicidade. Mas o que posso fazer se é assim que me sinto??
...
Ah... e de acordo com o que se tinha de fato naquela época a níveis culinários, meu prato preferido era: angu com leite (mingau feito de massa de milho pré - cozida) e arroz de leite com leite. Comia até encher o buxinho, como dizia minha mãe. Mas não me livrava de beber um ovinho de galinha caipira cru com mel (o que eu achava uma delicia) e também raspa de rapadura com leite. Eu era forte e saudável comendo todas essa guloseimas. Nada das coisas industrializadas como se tem muito nos dias de hoje.
Quando eu era bem pequena, nascia em mim uns tumores por todo o corpo que me fazia sofrer muito. E como não tínhamos tantos recursos assim, eu não ia a médicos. Isso durou muito tempo. Um dia, mais uma vez a minha saudosa avó Letícia, me levou ao médico e este passou um medicamento pra eu tomar e esses tumores nunca mais apareceram.     
...
Lembro-me dos primeiros momentos em que estava aprendendo a ler. Lia tudo o que tinha pela frente, era uma graça... e também queria que todo mundo soubesse o quanto eu era inteligente só porque com aquela idade, já sabia ler
Depois dos meus 7 anos, meus pais se separaram e tudo mudou... mas isso será historia pra ser contada em um outro post.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nascimento. O Evento.




Resolvi conhecer esse mundo pelo lado de “fora” em uma manhã de domingo, o dia era 17 de maio de 1981.Nasci em um local incomum, era uma casa no meio do nada, com poucos móveis, sem água encanada, energia elétrica ou vizinhos próximos. Haviam apenas coisas de interior: gado, ovelhas, galinhas e outros bichos. Nasci cercada pela Natureza, um privilégio para poucos!A vizinhos mais próximos eram parentes e, ainda assim, ficavam um pouco distante. Nasci em casa, além do lugar incomum, o próprio nascimento também foi. Desde sempre, não consigo esperar muito por certas coisas ou pessoas, portanto, meu nascimento, não poderia ser diferente, estava muito curiosa em ver como seria o “lado de fora”, é tanto que, nas primeiras contrações me “mandei”... como não pude esperar lá “dentro”, tive mesmo que esperar aqui fora pois, como falei, saí de impulso e não tive paciência para esperar uma assistência médica. Vou explicar melhor: depois que nasci, tive que esperar sem respirar por algum tempo, cerca de 1h até que uma parteira pudesse vir cortar meu cordão umbilical. Por conta da minha “pressa”,quase não consegui sobreviver nesse mundo cheio de ar, como falei,naquele momento o ar era um coisa escassa pra mim, por conta disso, no meu terceiro dia de vida tive quer fazer uma visitinha ao hospital Agenor Araújo na cidade de Iguatu e fiquei hospedada por 14 dias. O motivo da minha ida para o hospital era a minha cor indecifrável (um vermelho meio roxo escuro). É assim que as pessoas definem a minha coloração!O evento do meu nascimento e os dias subsequentes devem ter sido uma correria só, não posso precisar muito esses detalhes porque eu era muito pequena e frágil, não dá pra lembrar, mas sei que antes de me hospedar em um hospital pra lutar por sobrevivência, minha avó e minha mãe, me levaram até cidade de Iguatu, pois lá era a cidade que tinha mais recursos médicos naquela época e região. Ao chegamos no primeiro local para o meu socorro, um “jovem” médico disse assim: pode levar essa criança pra morrer em casa, nasceu prematura e não tem a mínima chance de sobreviver. Certamente eu estava meio atordoada ainda (já que era tudo muito novo pra mim) pra não dar uma boa resposta pra aquele médico de imediato, mas como muitas vezes sei esperar o momento certo pra dar algumas respostas à certas pessoas, a minha melhor resposta para esse médico é: Estou viva!!! Não graças a ajuda dele!A minha querida e saudosa avó Letícia, inconformada com a “afirmação em forma de premonição” daquele médico, revolveu levar-me em outro médico na mesma cidade, lá tive a assistência que necessitava naquele momento. Depois de 14 dias de hospedagem no “hotel” Agenor Araújo, já recuperada do primeiro susto e golpe que sofri da vida, voltei para casa para receber outros cuidados que todos os recém-nascidos necessitam.
Depois de todo esse relato, não sei que sentimento você esta tendo nesse momento, só espero que não seja pena e se for, gostaria que você mudasse para superação. E lembre-se sempre: Dias ruins são necessários para os dias bons valerem a pena!!!


Minha Segunda Infância



Quando eu tinha por volta de 7 anos e meio e os meus pais decidiram se separar.
Foi um momento muito triste e principalmente difícil em minha vida naquele momento.
Fui morar com a minha saudosa avó Letícia por cerca de uns 6 meses, somente até o ano letivo acabar. Lá estava com minha irmã, meu tio Junior e meu primo Neto. Era bem divertido estar com eles. Mas por outro lado me sentia sempre mal e infeliz. Pois, estava longe de meus pais. Principalmente me sentia mal por estar longe de meu pai. Pois como falei (no post anterior), ele era muito importante pra mim. Só que quando ele se separou de minha mãe, parecia que eu é quem era a esposa dele. Pois ele também separou de mim. Apesar de morarmos na mesma região (por assim dizer).
Depois desse meio ano morando com a minha avó e sem a presença de meu pai, achando eu que as coisas não poderiam ficar piores, é que o inevitável aconteceu. Fomos morar minha irmã e eu na cidade de Iguatu na casa de uma tia chamada Vilani.
Meu pai acabou se afastando ainda mais de mim. Eu o via raramente. Sentia tanta falta e saudades dele, que a dor chegava a ser insuportável. Mas eu continuava a amá-lo do mesmo modo de antes. E não entendia porque tudo aquilo estava acontecendo.
Minha tia era uma pessoa muito rígida, cobrava sempre muita disciplina de nós, principalmente de mim. Já que sempre fui muito mais ativa. Ela era tão rígida que não deixava nem a gente ficar de noite na calçada pra brincar (como faziam meus amiguinhos). Eu ficava muito triste e com raiva de algumas atitudes dela. Já hoje agradeço muito do que sou a essa tia. Dizia ela, por exemplo: que meio de rua não deixa ninguém culto, protegido... pelo contrario, traz apenas fofocas, cultura inútil e intrigas entre vizinhos e aprendizados ruins.
Quando ela agia com aquele seu modo rígido comigo e que eu odiava. Hoje entendo que tudo o que ela fazia (que era diferente do comportamento das outras mães, até porque ela não era minha mãe) era para o meu bem, para me dar e ensinar bons valores. E eu, como era muito criança, achava apenas que ela era uma pessoa muito má. Hoje reconheço suas atitudes passadas e agradeço muito por ela ter cuidado de mim (do modo dela). Vivi assim com essa minha tia por mais 2 anos.

(Esqueci de contar que quando minha mãe se separou de meu pai ela veio morar em Fortaleza também na casa de parentes.)
Sempre que dava certo e que tínhamos férias do colégio minha irmã e eu vínhamos para Fortaleza ficar com minha mãe. Em geral eram poucos dias.
Em um desses passeios (eu tinha cerca de 8 a 9 anos) e que eu ficava sem fazer nada na casa de meu tio Flaviano onde minha mãe morava resolvi brincar com alguma coisa. Detalhe lá só morava adultos (por tanto, não tinham brinquedos). Resolvi então brincar com um pequeno dicionário (como se dicionário fosse brinquedo). Eu estava sem idéias do que exatamente eu queria encontrar. Então pensei: vou ver se acho o significado dos nomes das pessoas da minha família. Procurei, procurei... alguns nomes eu encontrei, outros não. E por fim (já entediada) fui procurar o significado no meu nome e já com a incrível certeza de que não iria achar. Até porque, ate onde eu sabia, meu nome tinha sido inventado pela minha avó Letícia. (meu nome seria Ana Valéria e minha avó sugeriu colocar meu nome de Valeriana para combinar com o nome de minha irmã Neliana.) E para a minha enorme surpresa meu nomezinho estava lá no dicionário. O significado tinha apenas duas palavras: Erva sedativa. Eu fiquei perplexa, não acreditava muito no que meus olhos estavam vendo. E achei isso tudo muito divertido e estranho. Sentia-me a importância em pessoa. Foi a glória naquele momento. E sai falando pra todo mundo que tinha uma erva com meu nome, ou eu que tinha o nome de uma erva. Lembro que eu era muito empolgada com relação a esse assunto. Mas cá pra nós, erva sedativa não queria dizer muita coisa. Foi então que decidi ir à procura do que era Valeriana, a tal erva sedativa. Na verdade o nome cientifico é Valeriana officinales, é uma planta que tem efeitos calmantes e que tem uma maior concentração na Europa. Depois de ler isso, ai foi que me senti importante. E continuava (como faço ate hoje) falando pra todo mundo e também me aprimorando nas pesquisas...

No dia 02 de janeiro de 2002, minha irmã e eu finalmente viemos também morar em Fortaleza, ainda não foi com a minha mãe. Eu tinha 10 anos e mais uma vez fiquei na casa de parentes.
Primeiro foi na casa da Tia Eliana onde passei um ano e tive a oportunidade de conviver com uma pessoa linda desde muito cedo (essa pessoa é minha prima e se chama Luana Letícia). Lá na casa da minha tia aprendi muitas coisas e também adquiri muitos valores. Mas o que era mais legal era ficar com a Luana. A gente brincava muito, eu a colocava pra dormir, balançava, cantava... Ela tinha cerca de 2 anos (mais ou menos a idade de hoje da minha filha). Era muito divertido.
Depois fui morar com a minha mãe e não deu muito certo. Então, retornei a morar com a tia Eliana. E novamente, depois de um período também não deu certo. Ainda fui morar com outro tio chamado Aureliano e lá passei muito pouco tempo e mais uma vez convivi com outras duas pessoas lindas também minhas primas Nayara e Nayandra. A Nayara era a maiorzinha e a gente se divertia muito. Fazíamos a festa. Já a Nayandra era muito pequenininha e não me lembro muito como era nossa convivência. Não sei ao certo quanto tempo fiquei na casa do tio Aurélio. Talvez cerca de 6 meses.
E mais uma vez fui morar com minha mãe.
Minha mãe e eu sempre tivemos muitos conflitos desde sempre. Minha predileção sempre foi pelo meu pai. E as brigas eram inevitáveis, só que isso será assunto para o próximo post.

Meu aniversario. Parabéns pra mim!!!


Estou completando 31 anos em 17 de maio de 2012, e até este período já
fiz um bocado de coisa em minha vida....
Já plantei algumas plantas que hoje já viraram árvores, já tenho uma
filha linda e agora estou escrevendo um “livro virtual”(o meu blog) e
isso tudo antes dos 50 anos.... acho que falando sobre essas ações, já
estou na frente de muita gente que tem esses mesmos planos.
Não me imaginei chegando nessa idade e tendo tudo o que tenho, sabendo
tudo o que sei e principalmente já tendo conquistado tudo o que
conquistei.
Pra falar a verdade, não gosto muito de pensar ou imaginar o futuro.
Prefiro que ele chegue até a mim e se torne presente.
Apenas imaginei (algumas pouquíssimas vezes) que com essa idade
poderia já estar casada e ter filho. Só isso... Nada de outras grandes
expectativas.
Casada oficialmente ainda não sou. Mas convivo maritalmente com uma
pessoa muito especial e importante em minha vida e que há alguns dias
atrás finalmente me pediu em casamento. E eu tive que aceitar, afinal
de contas o amo, temos uma filha e uma linda história juntos.
Hoje me sinto mais madura, mais segura de algumas coisas e ações.
Também resolvi dar um rumo diferente em minha vida em vez de ficar em
uma zona de conforto (desagradável) em que eu estava.
Decidi procurar uma ajuda psicológica (o qual está me fazendo pensar
muito, refletir sobre coisas e mudar de atitude), fazendo minhas
escolhas tomarem um rumo diferente no percurso do rio de minha vida
que ela estava seguindo. Retornei a fazer viagens sem sair do lugar
através de livros. Estou trabalhando e forçando a minha memória (tão
esquecida) a relatar minha história real e com a minha versão dos
fatos (que é a que importa realmente). E tenho que confessar que estou
amando. Esta sendo uma aventura inenarrável.
Desejo apenas que eu consiga cada vez mais conquistar coisas
maravilhosas em minha vida.



Minha Primeira Infânica


Passei minha primeira infância na casa onde nasci, fiquei lá até os meus 7 anos.
Exatamente até que meus pais decidiram se separar (para a minha sorte hoje e o meu lamento naquele momento).
Logo após o meu nascimento e que pelas circunstâncias de meu próprio nascimento meio diferente, tive problemas e dificuldades pra sobreviver. Por conta disso, minha mãe decidiu então fazer uma promessa religiosa pra que eu me curasse. Caso me curasse, eu teria de vestir roupas verdes por um mês e não poderia cortar meus cabelos até fazer 7 anos e teria que ser na cidade de Canindé-Ce após assistir a celebração de uma missa. Como me curei (ou fui curada) e sobrevivi, tive que pagar a promessa exatamente como foi feita.
Engraçado como ainda me lembro de algumas coisas que lá vivi.
Lembro-me de como foi difícil pra mim, ter de largar a chupeta. Naquela época (eu achava que) era o meu bem mais precioso e que não poderia viver sem ela.
Por varias vezes minha mãe a tirava de mim, escondia em diversos lugares, jogava fora... E eu esperto como era, procurava até achar, e quando não achava fazia coisas que hoje nem consigo acreditar. Eu simplesmente pedia dinheiro ao meu pai pra comprar bombons, e quando ele me dava, eu ia lá e comprava uma nova chupeta.
Minha mãe fala que deixei de chupar chupeta por volta de 2 anos. E fico imaginando hoje a minha filha que tem a mesma idade que eu tinha (e que também estou tentando tirar a chupeta dela) agindo como eu agia.   
Sempre fui uma pessoa desde sempre muito família e muito querida por todos.
Eu era apaixonada pelo meu pai e o tinha ao meu lado (que assim como a chupeta era uma grande riqueza para mim). Ele sempre me levava pra roça, pra cuidar do gado, dos carneiros, das galinhas... Eu tirava leite das vacas e eu era muito jeitosa com relação a esse tipo de atividade do campo.
Tem mais um detalhe que parece horrível e que devo confessar: eu matava animais pequenos. É triste, mas é verdade. Eu os matava de amor. Deixa-me explicar pra não ser confundida com uma assassina comum em série de animais indefesos.
Quando um animal nasce, seja ele o qual for é como uma criança. Não tem imunidade, vai adquirindo com o passar do tempo. Sempre que tinha uma ovelha grávida meu pai já me dava o seu filhote pra criar mesmo antes de ele nascer. Então, quando os bichinhos nasciam, eu fazia a festa e não os largava mais. Ficava agarrada a eles o tempo todo. Botava no braço e ia pra cima e pra baixo. Daí, por conta da falta de imunidade, com todo esse chafurdo que eu fazia, eles acabavam morrendo. E isso, só pra deixar claro, não era um fato isolado. Era muito freqüente. Se fosse o caso, era a cada mês ou a cada semana se fosse possível nascer e morrer tantos bichinhos. Sempre fui muito apegada a amimais pequenos. Já o mesmo não acontecia com bichos grandes como vaca, cavalos, etc.
Minha mãe conta que meu pai me deu um viadinho (tipo o bambi) e que um dia ele acabou morrendo. Não sei se foi porque eu matei ou se por outro motivo, mas ela fala que eu adoeci, que até febre tive, tamanho era o amor que sentia por ele.
Ah... e o meu instinto “serial assassina” não era só com animais não. Uma vez furei minha irmã na perna com uma tesoura e que a mesma ficou lá penduradinha... minha irmã tem a cicatriz até hoje.
Também me lembro do dia em que quebrei minha clavícula. Não sei exatamente que idade tinha, mas me lembro de que subi na cama de meus pais, onde tinha uma rede em cima e fiquei de baixo da rede sobre a cama, fiquei rolando e a cama faltou. Então, eu caí no chão. Tive de passar um mês com o gesso que cobria todo o meu tórax. Só podia tomar banho da cintura pra baixo, e coçava muito, alem de muito quente.
O dia da remoção do gesso foi bem esquisito. Pois, senti a ponta da tesoura em minhas costas, enquanto removiam o gesso. Meu osso felizmente já estava cicatrizado. Minha axila estava quase em carne viva, por conta de o braço ficar em uma posição única e imóvel por tanto tempo. O primeiro banho de verdade após a retirada do gesso foi horrível... lembro-me até hoje daquela água fria correndo pelo meu tórax.    
Esqueci de mencionar um fato muito importante: Desde antes de eu nascer, que era considerada um menino. Naquela época morando onde meus pais moravam e também com as condições financeiras que eles tinham, não se fazia exames pré-natais, ultras sons... Essas coisas tão comuns nos dias de hoje. Então, a sabedoria popular falha diagnosticou que eu seria um menino.
Tudo meu era azul. Roupinhas azuis, manta, porta trecos. E pior, mesmo depois que nasci, minha tia vendo o cordão umbilical, disse que eu era homem. Como pode?
Como para todas as pessoas eu era homem mesmo antes de nascer, depois de nascer por muitas vezes me comportava como um menino. Sempre que possível, seguia meu pai nas roças e lidas da agricultura.
Apesar de por muitas vezes me comportar como menino, eu também me comportava como menina. Brincava de chibiu (é um jogo em que se joga pedrinhas para o ar e pegava com as mãos), de amarelinha, de esconde-esconde. Só não gostava mesmo era de brincar de bonecas. Mas talvez não gostasse por que eu não tinha bonecas pra brincar.
Minha infância foi muito família, sempre tive muito contato com meus pais, irmã, primos, tio e avós.
Enfim, me sentia muito feliz naquela jornada da minha vida e não tenho do que reclamar. Não de nada que eu me lembre enquanto morava no local onde nasci. Assim fica parecendo que o que conto era tudo perfeito. Mas tenho que dizer que não era. Passei por muitas dificuldades quando meus pais viviam juntos... mas no total, da somatória de minhas lembranças eu era bem feliz com o muito (ou pouco do) que eu tinha. La onde vivi eu me sentia livre! E era livre!!!
A vida que tive na minha primeira infância certamente é muito diferente da que a maioria das crianças tem hoje. Mesmo as que das que moram em sítios como eu morava. Sim, é verdade que eu não tinha contato com gente. Mas tinha muito contato com os bichos e com a natureza.
De acordo com a foto de satélite que está no primeiro post onde relato o evento do meu nascimento, nota-se que não tínhamos vizinhos próximos. Apesar dos pesares morávamos “próximos” dos meus avós e tios. Mas, o próximo que falo tinha-se que passar por uma pequena mata e atravessar um riacho (que passava muito tempo vazio). Como sempre fui muito ativa, não parava quieta nem um instante. Ás vezes, para ir à casa dos meus avós (ou voltar de lá) minha mãe usava de alguns de recursos meio assustadores pra mim naquela época. Como tínhamos que passar por uma “mata”, e lá lógico que tinham bichos e pássaros. Então, quando as avoantes (é uma pomba campestre) cantavam, minha mãe me assustava. Dizia que era um bicho e eu morria de medo.
Como se sabe que: um som, um gosto, um cheiro... a gente guarda pra sempre em nossa memória. Hoje onde moro tem ninhos dessas avoantes e quando elas cantam, tenho uma sensação ruim e sempre penso: meu Deus, como pode a alegria de uns pode ser a tristeza de outros?! Essa ave cantando feliz da vida e eu me sentindo mal pela sua felicidade. Mas o que posso fazer se é assim que me sinto??
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Ah... e de acordo com o que se tinha de fato naquela época a níveis culinários, meu prato preferido era: angu com leite (mingau feito de massa de milho pré - cozida) e arroz de leite com leite. Comia até encher o buxinho, como dizia minha mãe. Mas não me livrava de beber um ovinho de galinha caipira cru com mel (o que eu achava uma delicia) e também raspa de rapadura com leite. Eu era forte e saudável comendo todas essa guloseimas. Nada das coisas industrializadas como se tem muito nos dias de hoje.
Quando eu era bem pequena, nascia em mim uns tumores por todo o corpo que me fazia sofrer muito. E como não tínhamos tantos recursos assim, eu não ia a médicos. Isso durou muito tempo. Um dia, mais uma vez a minha saudosa avó Letícia, me levou ao médico e este passou um medicamento pra eu tomar e esses tumores nunca mais apareceram.     
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Lembro-me dos primeiros momentos em que estava aprendendo a ler. Lia tudo o que tinha pela frente, era uma graça... e também queria que todo mundo soubesse o quanto eu era inteligente só porque com aquela idade, já sabia ler
Depois dos meus 7 anos, meus pais se separaram e tudo mudou... mas isso será historia pra ser contada em um outro post.


Nascimento. O Evento.




Resolvi conhecer esse mundo pelo lado de “fora” em uma manhã de domingo, o dia era 17 de maio de 1981.Nasci em um local incomum, era uma casa no meio do nada, com poucos móveis, sem água encanada, energia elétrica ou vizinhos próximos. Haviam apenas coisas de interior: gado, ovelhas, galinhas e outros bichos. Nasci cercada pela Natureza, um privilégio para poucos!A vizinhos mais próximos eram parentes e, ainda assim, ficavam um pouco distante. Nasci em casa, além do lugar incomum, o próprio nascimento também foi. Desde sempre, não consigo esperar muito por certas coisas ou pessoas, portanto, meu nascimento, não poderia ser diferente, estava muito curiosa em ver como seria o “lado de fora”, é tanto que, nas primeiras contrações me “mandei”... como não pude esperar lá “dentro”, tive mesmo que esperar aqui fora pois, como falei, saí de impulso e não tive paciência para esperar uma assistência médica. Vou explicar melhor: depois que nasci, tive que esperar sem respirar por algum tempo, cerca de 1h até que uma parteira pudesse vir cortar meu cordão umbilical. Por conta da minha “pressa”,quase não consegui sobreviver nesse mundo cheio de ar, como falei,naquele momento o ar era um coisa escassa pra mim, por conta disso, no meu terceiro dia de vida tive quer fazer uma visitinha ao hospital Agenor Araújo na cidade de Iguatu e fiquei hospedada por 14 dias. O motivo da minha ida para o hospital era a minha cor indecifrável (um vermelho meio roxo escuro). É assim que as pessoas definem a minha coloração!O evento do meu nascimento e os dias subsequentes devem ter sido uma correria só, não posso precisar muito esses detalhes porque eu era muito pequena e frágil, não dá pra lembrar, mas sei que antes de me hospedar em um hospital pra lutar por sobrevivência, minha avó e minha mãe, me levaram até cidade de Iguatu, pois lá era a cidade que tinha mais recursos médicos naquela época e região. Ao chegamos no primeiro local para o meu socorro, um “jovem” médico disse assim: pode levar essa criança pra morrer em casa, nasceu prematura e não tem a mínima chance de sobreviver. Certamente eu estava meio atordoada ainda (já que era tudo muito novo pra mim) pra não dar uma boa resposta pra aquele médico de imediato, mas como muitas vezes sei esperar o momento certo pra dar algumas respostas à certas pessoas, a minha melhor resposta para esse médico é: Estou viva!!! Não graças a ajuda dele!A minha querida e saudosa avó Letícia, inconformada com a “afirmação em forma de premonição” daquele médico, revolveu levar-me em outro médico na mesma cidade, lá tive a assistência que necessitava naquele momento. Depois de 14 dias de hospedagem no “hotel” Agenor Araújo, já recuperada do primeiro susto e golpe que sofri da vida, voltei para casa para receber outros cuidados que todos os recém-nascidos necessitam.
Depois de todo esse relato, não sei que sentimento você esta tendo nesse momento, só espero que não seja pena e se for, gostaria que você mudasse para superação. E lembre-se sempre: Dias ruins são necessários para os dias bons valerem a pena!!!


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