Conheci muita gente. Fiz muitos amigos, alguns deles muito preciosos. Desses, poucos me acompanham até hoje. Outros, carrego comigo sempre no meu coração. E alguns outros se perderam no vento...
Também tive algumas paixões que acreditava eu, ser amores verdadeiros e que não passaram apenas de ilusão de adolescente.
Sempre busquei desesperadamente a atenção de pessoas que eram caras e importantes pra mim. Mas elas não souberam ou puderam me ajudar como precisava ou necessitava.
Meu pai ainda muito presente em meus pensamentos, mas não em minha vida (como eu gostaria que fosse). Sempre que eu podia, e tinha uma folguinha, eu ia lá visitá-lo. Mas a cada visita sempre tinha tristezas, mágoas, raivas... todos esses sentimentos ruins completamente desnecessários. Pois, ele poderia apenas ficar feliz pela minha presença e vontade enorme de estar sempre perto dele. Hoje entendo que nem tudo o que queremos de verdade, conseguimos de verdade. E pra ser honesta, nunca me contentei com o pouco (ou o muito pouco) que ele se “deu” pra mim. Isso sempre me magoou muito.
Eu, apesar de ter sempre gente (amigos e colegas) ao meu redor. Sempre fui e me senti uma pessoa muito solitária. Sempre falei e gesticulei muito sobre tudo. Praticamente sobre todos os assuntos eu sabia um pouco e comentava. Mas a verdade é que em mim sempre teve muita inquietação e uma enorme tristeza e uma profunda solidão. Sempre estava em busca de algo que eu nunca soube o que era. Isso nunca foi compreendido nem por mim e nem por ninguém.
Traduzindo em miúdos.
Ser a pessoa que sou e principalmente ser a pessoa quem fui na adolescência, não foi nada fácil. Principalmente pra mim.
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