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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Minha Segunda Infância



Quando eu tinha por volta de 7 anos e meio e os meus pais decidiram se separar.
Foi um momento muito triste e principalmente difícil em minha vida naquele momento.
Fui morar com a minha saudosa avó Letícia por cerca de uns 6 meses, somente até o ano letivo acabar. Lá estava com minha irmã, meu tio Junior e meu primo Neto. Era bem divertido estar com eles. Mas por outro lado me sentia sempre mal e infeliz. Pois, estava longe de meus pais. Principalmente me sentia mal por estar longe de meu pai. Pois como falei (no post anterior), ele era muito importante pra mim. Só que quando ele se separou de minha mãe, parecia que eu é quem era a esposa dele. Pois ele também separou de mim. Apesar de morarmos na mesma região (por assim dizer).
Depois desse meio ano morando com a minha avó e sem a presença de meu pai, achando eu que as coisas não poderiam ficar piores, é que o inevitável aconteceu. Fomos morar minha irmã e eu na cidade de Iguatu na casa de uma tia chamada Vilani.
Meu pai acabou se afastando ainda mais de mim. Eu o via raramente. Sentia tanta falta e saudades dele, que a dor chegava a ser insuportável. Mas eu continuava a amá-lo do mesmo modo de antes. E não entendia porque tudo aquilo estava acontecendo.
Minha tia era uma pessoa muito rígida, cobrava sempre muita disciplina de nós, principalmente de mim. Já que sempre fui muito mais ativa. Ela era tão rígida que não deixava nem a gente ficar de noite na calçada pra brincar (como faziam meus amiguinhos). Eu ficava muito triste e com raiva de algumas atitudes dela. Já hoje agradeço muito do que sou a essa tia. Dizia ela, por exemplo: que meio de rua não deixa ninguém culto, protegido... pelo contrario, traz apenas fofocas, cultura inútil e intrigas entre vizinhos e aprendizados ruins.
Quando ela agia com aquele seu modo rígido comigo e que eu odiava. Hoje entendo que tudo o que ela fazia (que era diferente do comportamento das outras mães, até porque ela não era minha mãe) era para o meu bem, para me dar e ensinar bons valores. E eu, como era muito criança, achava apenas que ela era uma pessoa muito má. Hoje reconheço suas atitudes passadas e agradeço muito por ela ter cuidado de mim (do modo dela). Vivi assim com essa minha tia por mais 2 anos.

(Esqueci de contar que quando minha mãe se separou de meu pai ela veio morar em Fortaleza também na casa de parentes.)
Sempre que dava certo e que tínhamos férias do colégio minha irmã e eu vínhamos para Fortaleza ficar com minha mãe. Em geral eram poucos dias.
Em um desses passeios (eu tinha cerca de 8 a 9 anos) e que eu ficava sem fazer nada na casa de meu tio Flaviano onde minha mãe morava resolvi brincar com alguma coisa. Detalhe lá só morava adultos (por tanto, não tinham brinquedos). Resolvi então brincar com um pequeno dicionário (como se dicionário fosse brinquedo). Eu estava sem idéias do que exatamente eu queria encontrar. Então pensei: vou ver se acho o significado dos nomes das pessoas da minha família. Procurei, procurei... alguns nomes eu encontrei, outros não. E por fim (já entediada) fui procurar o significado no meu nome e já com a incrível certeza de que não iria achar. Até porque, ate onde eu sabia, meu nome tinha sido inventado pela minha avó Letícia. (meu nome seria Ana Valéria e minha avó sugeriu colocar meu nome de Valeriana para combinar com o nome de minha irmã Neliana.) E para a minha enorme surpresa meu nomezinho estava lá no dicionário. O significado tinha apenas duas palavras: Erva sedativa. Eu fiquei perplexa, não acreditava muito no que meus olhos estavam vendo. E achei isso tudo muito divertido e estranho. Sentia-me a importância em pessoa. Foi a glória naquele momento. E sai falando pra todo mundo que tinha uma erva com meu nome, ou eu que tinha o nome de uma erva. Lembro que eu era muito empolgada com relação a esse assunto. Mas cá pra nós, erva sedativa não queria dizer muita coisa. Foi então que decidi ir à procura do que era Valeriana, a tal erva sedativa. Na verdade o nome cientifico é Valeriana officinales, é uma planta que tem efeitos calmantes e que tem uma maior concentração na Europa. Depois de ler isso, ai foi que me senti importante. E continuava (como faço ate hoje) falando pra todo mundo e também me aprimorando nas pesquisas...

No dia 02 de janeiro de 2002, minha irmã e eu finalmente viemos também morar em Fortaleza, ainda não foi com a minha mãe. Eu tinha 10 anos e mais uma vez fiquei na casa de parentes.
Primeiro foi na casa da Tia Eliana onde passei um ano e tive a oportunidade de conviver com uma pessoa linda desde muito cedo (essa pessoa é minha prima e se chama Luana Letícia). Lá na casa da minha tia aprendi muitas coisas e também adquiri muitos valores. Mas o que era mais legal era ficar com a Luana. A gente brincava muito, eu a colocava pra dormir, balançava, cantava... Ela tinha cerca de 2 anos (mais ou menos a idade de hoje da minha filha). Era muito divertido.
Depois fui morar com a minha mãe e não deu muito certo. Então, retornei a morar com a tia Eliana. E novamente, depois de um período também não deu certo. Ainda fui morar com outro tio chamado Aureliano e lá passei muito pouco tempo e mais uma vez convivi com outras duas pessoas lindas também minhas primas Nayara e Nayandra. A Nayara era a maiorzinha e a gente se divertia muito. Fazíamos a festa. Já a Nayandra era muito pequenininha e não me lembro muito como era nossa convivência. Não sei ao certo quanto tempo fiquei na casa do tio Aurélio. Talvez cerca de 6 meses.
E mais uma vez fui morar com minha mãe.
Minha mãe e eu sempre tivemos muitos conflitos desde sempre. Minha predileção sempre foi pelo meu pai. E as brigas eram inevitáveis, só que isso será assunto para o próximo post.

Minha Segunda Infância



Quando eu tinha por volta de 7 anos e meio e os meus pais decidiram se separar.
Foi um momento muito triste e principalmente difícil em minha vida naquele momento.
Fui morar com a minha saudosa avó Letícia por cerca de uns 6 meses, somente até o ano letivo acabar. Lá estava com minha irmã, meu tio Junior e meu primo Neto. Era bem divertido estar com eles. Mas por outro lado me sentia sempre mal e infeliz. Pois, estava longe de meus pais. Principalmente me sentia mal por estar longe de meu pai. Pois como falei (no post anterior), ele era muito importante pra mim. Só que quando ele se separou de minha mãe, parecia que eu é quem era a esposa dele. Pois ele também separou de mim. Apesar de morarmos na mesma região (por assim dizer).
Depois desse meio ano morando com a minha avó e sem a presença de meu pai, achando eu que as coisas não poderiam ficar piores, é que o inevitável aconteceu. Fomos morar minha irmã e eu na cidade de Iguatu na casa de uma tia chamada Vilani.
Meu pai acabou se afastando ainda mais de mim. Eu o via raramente. Sentia tanta falta e saudades dele, que a dor chegava a ser insuportável. Mas eu continuava a amá-lo do mesmo modo de antes. E não entendia porque tudo aquilo estava acontecendo.
Minha tia era uma pessoa muito rígida, cobrava sempre muita disciplina de nós, principalmente de mim. Já que sempre fui muito mais ativa. Ela era tão rígida que não deixava nem a gente ficar de noite na calçada pra brincar (como faziam meus amiguinhos). Eu ficava muito triste e com raiva de algumas atitudes dela. Já hoje agradeço muito do que sou a essa tia. Dizia ela, por exemplo: que meio de rua não deixa ninguém culto, protegido... pelo contrario, traz apenas fofocas, cultura inútil e intrigas entre vizinhos e aprendizados ruins.
Quando ela agia com aquele seu modo rígido comigo e que eu odiava. Hoje entendo que tudo o que ela fazia (que era diferente do comportamento das outras mães, até porque ela não era minha mãe) era para o meu bem, para me dar e ensinar bons valores. E eu, como era muito criança, achava apenas que ela era uma pessoa muito má. Hoje reconheço suas atitudes passadas e agradeço muito por ela ter cuidado de mim (do modo dela). Vivi assim com essa minha tia por mais 2 anos.

(Esqueci de contar que quando minha mãe se separou de meu pai ela veio morar em Fortaleza também na casa de parentes.)
Sempre que dava certo e que tínhamos férias do colégio minha irmã e eu vínhamos para Fortaleza ficar com minha mãe. Em geral eram poucos dias.
Em um desses passeios (eu tinha cerca de 8 a 9 anos) e que eu ficava sem fazer nada na casa de meu tio Flaviano onde minha mãe morava resolvi brincar com alguma coisa. Detalhe lá só morava adultos (por tanto, não tinham brinquedos). Resolvi então brincar com um pequeno dicionário (como se dicionário fosse brinquedo). Eu estava sem idéias do que exatamente eu queria encontrar. Então pensei: vou ver se acho o significado dos nomes das pessoas da minha família. Procurei, procurei... alguns nomes eu encontrei, outros não. E por fim (já entediada) fui procurar o significado no meu nome e já com a incrível certeza de que não iria achar. Até porque, ate onde eu sabia, meu nome tinha sido inventado pela minha avó Letícia. (meu nome seria Ana Valéria e minha avó sugeriu colocar meu nome de Valeriana para combinar com o nome de minha irmã Neliana.) E para a minha enorme surpresa meu nomezinho estava lá no dicionário. O significado tinha apenas duas palavras: Erva sedativa. Eu fiquei perplexa, não acreditava muito no que meus olhos estavam vendo. E achei isso tudo muito divertido e estranho. Sentia-me a importância em pessoa. Foi a glória naquele momento. E sai falando pra todo mundo que tinha uma erva com meu nome, ou eu que tinha o nome de uma erva. Lembro que eu era muito empolgada com relação a esse assunto. Mas cá pra nós, erva sedativa não queria dizer muita coisa. Foi então que decidi ir à procura do que era Valeriana, a tal erva sedativa. Na verdade o nome cientifico é Valeriana officinales, é uma planta que tem efeitos calmantes e que tem uma maior concentração na Europa. Depois de ler isso, ai foi que me senti importante. E continuava (como faço ate hoje) falando pra todo mundo e também me aprimorando nas pesquisas...

No dia 02 de janeiro de 2002, minha irmã e eu finalmente viemos também morar em Fortaleza, ainda não foi com a minha mãe. Eu tinha 10 anos e mais uma vez fiquei na casa de parentes.
Primeiro foi na casa da Tia Eliana onde passei um ano e tive a oportunidade de conviver com uma pessoa linda desde muito cedo (essa pessoa é minha prima e se chama Luana Letícia). Lá na casa da minha tia aprendi muitas coisas e também adquiri muitos valores. Mas o que era mais legal era ficar com a Luana. A gente brincava muito, eu a colocava pra dormir, balançava, cantava... Ela tinha cerca de 2 anos (mais ou menos a idade de hoje da minha filha). Era muito divertido.
Depois fui morar com a minha mãe e não deu muito certo. Então, retornei a morar com a tia Eliana. E novamente, depois de um período também não deu certo. Ainda fui morar com outro tio chamado Aureliano e lá passei muito pouco tempo e mais uma vez convivi com outras duas pessoas lindas também minhas primas Nayara e Nayandra. A Nayara era a maiorzinha e a gente se divertia muito. Fazíamos a festa. Já a Nayandra era muito pequenininha e não me lembro muito como era nossa convivência. Não sei ao certo quanto tempo fiquei na casa do tio Aurélio. Talvez cerca de 6 meses.
E mais uma vez fui morar com minha mãe.
Minha mãe e eu sempre tivemos muitos conflitos desde sempre. Minha predileção sempre foi pelo meu pai. E as brigas eram inevitáveis, só que isso será assunto para o próximo post.

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